‘Estamos fazendo o esforço que nenhuma outra prefeitura está fazendo’, disse o prefeito de Salvador sobre o repasse de R$ 18 milhões para o setor cultural
O prefeito Bruno Reis confirmou para esta sexta-feira (25), como havia previsto, o pagamento do SOS Cultura II, auxílio de R$2.424 para os trabalhadores do setor de cultura e eventos de Salvador impactados pela pandemia da Covid-19 e o cancelamento do Carnaval pelo segundo ano consecutivo.
“Ontem o presidente da Câmara levou o projeto aprovado, eu sancionei, publicamos ainda ontem no Diário Oficial. Os nomes ja foram para o banco, a Caixa Econômica, e nós estamos já repassando os R$ 18 milhões pra ser feito o pagamento, mesmo sem ter o apoio de qualquer patrocínio, sem ter o apoio de ninguém”, informou o gestor municipal, na manhã desta quinta-feira (24), durante inauguração de uma Unidade de Saúde da Família, no bairro da Federação.
Na ocasião, o prefeito lembrou que o auxílio será feito exclusivamente com recursos da prefeitura, criticou a falta de apoio da União e do governo do estado e desafiou outras gestões municipais a apresentarem políticas mais robustas para a área da cultura no período da pandemia.
“Eu quero lembrar a vocês que nesses dois anos nem o governo federal fez um esforço tão grande pra apoiar o setor cultural, como a prefeitura. Em recursos, nós colocamos R$ 25 milhões. Foram R$ 7 milhões no SOS Cultura I e agora R$ 18 milhões no SOS Cultura II”, disse o prefeito de Salvador, citando ainda ações como isenção de taxas e incentivos fiscais para o setor. “Fomos o único ente que deu apoio a esse setor aqui na cidade. Isso precisa ficar claro”, reafirmou Bruno Reis.
“Estamos fazendo o esforço que nenhuma outra prefeitura está fazendo, vocês podem verificar. Eu desafio alguma prefeitura do Brasil ter dado um apoio a esse setor de R$ 25 milhões de recursos próprios, como nós fizemos”, provocou o prefeito de Salvador.
BENEFICIÁRIOS DO SOS CULTURA
Questionado sobre a possibilidade de estender o pagamento do auxílio aos cordeiros, Bruno descartou e foi enfático ao delimitar o público para o qual o programa é voltado: trabalhadores que atuam exclusivamente no setor de eventos e cultura.
“Vocês precisam entender isso, qual foi o critério utilizado para definir os beneficiários do SOS Cultura. É quem vive do Carnaval, quem vive do setor cultural, quem tem uma renda pra sobrevivência, pra subsistência. São trabalhadores que estão há dois anos sem trabalhar, que praticamente estão passando fome”, disse o gestor municipal. “Outros trabalhadores, que passam da casa de mil, que fazem do Carnaval uma renda extra, a prefeitura não tinha condições de abraçar”, lamentou, explicando os critérios para definir beneficiários e as limitações da administração.
“Então, por exemplo, o cordeiro só trabalha no Carnaval? Não. Ele trabalha o ano todo em várias outras coisas e no Carnaval ele faz um extra trabalhando como cordeiro. Infelizmente, nós não temos condições, sozinhos, de abraçar todos. Nós tínhamos que priorizar, e quem era prioridade? Quem depende disso pra viver, quem trabalha só com isso, quem está passando dificuldade nesse momento”, concluiu.
Fonte: Bahia.ba
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